quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Quartas Populares- Quem não surta vez em quando?

Pronto. Cumprimos nossa etapa de participação no projeto Quartas Populares.  Foram quatro apresentações, das quais podemos tirar muitas lições e um importante aprendizado. Algumas lacunas e excessos foram identificados, e para as próximas temporadas do espetáculo estaremos lapidando cenas e a montagem como um todo.

Agradecemos de coração a todos os que nos honraram com a sua presença durante a temporada. E não esqueçam de continuar acompanhando nosso blog, pois em breve postaremos aqui, em primeira mão, vídeos com cenas inéditas do set de gravações do filme Sonho De Uma Noite No Sertão.

Para 2012, o que temos em mente, além do filme, é a montagem do espetáculo OS COLONIZADORES DE MARTE, mais uma super comédia com os cara-de-pau do Prelúdio.

Inté!




Todo bêbado é feliz, rico e apaixonado

O que me traz aqui, doutor, é uma séeeeeeeeeeerie de sintomas...

Ridículo? Eu?

Não adianta, isso também foi o autor quem escreveu



É o magnetismo da minha presença...



Vida de personagem é um saco mesmo

Era só o que me faltava. Não viaja...

Lutero estava bêbado.  kkkkkkkkkkkkkk

Tolinhos...

Isso pode ser interessante. Vejamos seus argumentos

Alguém deseja ditar o texto?



... E nós da classe médica somos os pára-raios

De agora em diante no meu bar vai ser assim...

Me apresento nas formas que melhor me convêm

Os pacientes do SUS só daqui a 3 mese

Não se pode mais nem encher a cara com dignidade nesse país?

A gente só se odeia na ficção.  rsrsrsrsrsrsrsrsrssrsr

Vai sair por bem ou por mal?



É muito fogo na batina, meu irmão!
De repente, a terrivel Sandice...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

SABENDO MAIS SOBRE O PRELÚDIO

O grupo
PRELÚDIO




O grupo PRELÚDIO surgiu e iniciou suas atividades em Junho de 2006, no Teatro Municipal João Paulo II, em Teresina, com o caráter de oficina da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, e, hoje sem o vínculo oficial com a fundação, tem seu elenco constituído basicamente de atores adolescentes, oriundos da comunidade do Grande Dirceu.
Trabalhando desde o início sob a coordenação do ator Eduardo Prazeres, o grupo já realizou vários experimentos e montagens, incluindo criações próprias. Inicialmente a oficina trabalhou com a linguagem do teatro físico; hoje as produções do grupo seguem uma linha mais identificada com o teatro popular e regional. O Teatro Essencial, de Denise Stoklos, é um elemento presente em todo o trabalho do grupo, que tem o seu foco nos recursos físicos e emocionais do ator.
Durante o período em que o grupo funcionou como oficina (até Maio de 2011), no final de cada semestre, assim como as demais oficinas do João Paulo II, o PRELÚDIO apresentava sempre novos trabalhos na amostra das oficinas, geralmente prestigiada por uma numerosa platéia composta principalmente pelo público jovem do Dirceu.
O projeto do PRELÚDIO alia criação artística ( esteticamente engajada ) a ação social ( o encorajamento de jovens pertencentes a uma comunidade suburbana a investirem seu tempo e talento na arte ). Os alunos aprendem que o grande e principal estímulo é a vocação, o desejo de comunicar-se por meio do lúdico, do poético, o prazer de doar-se um pouco ao semelhante.
Atualmente o grupo é composto por 18 integrantes e trabalha no sentido de expandir a divulgação de suas montagens já realizadas, concorrendo em editais públicos com projetos de circulação e buscando realizar apresentações em outros espaços, além de sua sede no João Paulo II.






Espetáculos e performances realizados


- MEU PÉ DE LARANJA LIMA ( 2006 )
- ESBOÇO PARA UM DISCURSO CORPORAL ( 2007 )
- ESBOÇO PARA UM DISCURSO CORPORAL – PARTE II ( 2007 )
- MACBETH ( 2008 )
- POEMA PÚBERE ( 2008 )
- SONHO DE UMA NOITE NO SERTÃO ( 2009 )
- MACBETH SUJOU GERAL ( 2009 )
- QUEM NÃO SURTA VEZ EM QUANDO? ( 2010 )
- SOMOS QUEM PODEMOS SER (2010)




Projetos em andamento

- SONHO DE UMA NOITE NO SERTÃO ( cinema amador )
- OS COLONIZADORES DE MARTE (espetáculo; comédia)


SOBRE O ESPETÁCULO “QUEM NÃO SURTA VEZ EM QUANDO?”



Com a Revolução Industrial e a chegada definitiva do Capitalismo, a sociedade ocidental passa a viver em função da produtividade e do desejo do consumo. Neste processo, o Homem torna-se máquina – não mais a maravilhosa máquina biológica criada por Deus num passado remoto, mas uma máquina criadora de Políticas Econômicas, capaz de levar essas políticas até as últimas conseqüências em nome do que chamamos de “progresso”.
A vida, mais do que nunca, passa a ser regulada pelo relógio. E nas grandes cidades o Homem se torna, entre outras coisas, neurótico. Desejos e paixões verdadeiras são reprimidos em nome de uma oportunidade no “mercado de trabalho” ou das conveniências, de vários tipos. Surgem as “máscaras sociais”. À beira da loucura, o homem finge que está tudo bem.
Escrevi esta peça com o simples intuito de aproveitar o material cômico nascido dos momentos de conflito entre o “desejo” e a “obrigação”, sempre presentes e rivais dentro de nós, eternamente inconciliáveis no mundo que criamos
Se através da arte, a gente conseguir sorrir disso, pra mim já é um milagre.
E tem santo mais milagroso do que a arte?


Eduardo Prazeres

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Trecho do roteiro do filme SONHO DE UMA NOITE NO SERTÃO




PRÓLOGO


Um pouco antes de surgir a primeira imagem na tela, ouve-se a voz de um narrador, com o texto a seguir.

“Há muito tempo atrás, nas quebradas das brenhas dos cafundós do Piauí, uma pequena escultura de mármore foi encontrada por um grupo de caçadores de preá. Os idiotas, quer dizer, os corajosos caçadores acreditaram que aquilo era a imagem de uma santa, pois se tratava de uma mulher vestida com um manto branco e parada numa postura clássica. Eles não sabiam o nome da santa, mas já sabiam que era Nossa Senhora de alguma coisa.
Pois bem, o tempo se passou-se a si mesmo, e com o passar do tempo que se passou os caçadores de preá começaram a construir casebres naquela localidade. Queriam dar o nome da santa ao lugar, mas ainda não tinham descoberto o nome da venerável fulana. Resolveram então levar a milagrosa desconhecida até a cidade para mostrá-la a alguém muito sabido que soubesse dizer quem diabo era aquela.
Não precisou andar muito, logo encontraram alguém estudado que lhes disse: “Essa aí é Atena, bando de abestados. É uma deusa grega das antigas.” Pronto, era tudo que eles queriam. O nome da bicha, quer dizer, o nome da santa agora estava completo: Nossa Senhora das Antenas. Eita nome véi porreta de invocado!!! E o problema do nome do povoado também estava resolvido.
E foi neste esquecido e esquisito povoado do interior do interior do interior do Piauí que ocorreram os fatos que com fé em Deus vocês vão ter paciência para assistir...
Agora, saber como foi que uma estatueta de Atena veio parar por essas bandas é um trabalho digno de um Robert Langdon, aquele lá, do filme O Código da Vinci. E por falar em filme, o nosso já vai começar. Eu ia perguntar se vocês não esqueceram da pipoca, mas como provavelmente você está assistindo na sala da sua casa, em um DVD pirata que você comprou por dois conto no camelô mais próximo, até um cafezinho com pêta serve.
Uma... Duas...Três...Meia...Já !”